Dona de associação de cuidado a animais torturava criança
Uma criança de 11 anos foi resgatada pela Polícia Militar de Campinas no último sábado (30) dos maus-tratos de que sofria da própria família. A operação ocorreu após uma denúncia anônima, embora os vizinhos já tivessem denunciado o caso ao Conselho Tutelar previamente.
O menino estava aprisionado em um cubículo na área externa da casa, mantido nu dentro de um tonel de ferro e acorrentado pelos pés e mãos, de forma a obrigá-lo a ficar de pé.
Em depoimento à polícia, a criança relatou que vivia nessa situação há um ano, não comia há três dias e que ingeria as próprias fezes por extrema fome. Os agentes envolvidos disseram que ele implorou para ser adotado e que não aguentava mais essa vida.
O pai da criança alegou que a tratava assim para educá-la, porque era “agressiva, agitada e fugia de casa”. Disse ainda que o menino tinha “problemas mentais”.
“Tem que colocar porque não tem jeito, senão ele foge”, concordou a madrasta durante a abordagem da PM.
Na casa havia cerca de 10 cachorros soltos pelo quintal e bem alimentados, enquanto o filho da família passava fome acorrentado sob o sol. Segundo a polícia, a madrasta era conhecida por cuidar de animais abandonados em uma associação não regulamentada.
“Na casa tinha uns sete cães, todos soltos ou no colo da mulher e da filha dela. Com pelos brilhantes, coleira antipulgas, enquanto a criança estava acorrentada comendo casca de banana, fubá ou as próprias fezes”.
“Nós chegamos na casa e tinha muitos cachorros, todos bem cuidados. Soubemos que ela tinha uma associação de cuidados para animais que recolhia da rua. Cuida de cachorros e deixa uma criança presa numa situação que nenhum animal mereceria”, relataram policiais militares que acompanharam a ocorrência.
O menino em situação degradante de desnutrição, com cerca de 25 quilos, foi internado no Hospital Ouro Verde e vai continuar lá até que alcance peso adequado para a sua idade.
De acordo com o jornal A Cidade On, a madrasta, sua filha e o pai do menino foram presos em flagrante.
Ainda de acordo com o jornal, o Conselho Tutelar afirmou que acompanhava o caso da criança há pelo menos um ano, mas que em nenhum dos relatórios havia evidência de tamanha violência.
O representante do Conselho declarou que não havia diagnósticos que comprovassem que a criança sofria de algum problema mental e que vão “apurar se houve falha”.
“Onde quer que haja adoração a animais, ali haverá sacrifício humano“. (Chesterton)
Já ultrapassamos a maldade acontecida em Sodoma e Gomorra ou não?
“Resgatado o menino que vivia preso em um barril...”
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